quarta-feira, agosto 05, 2009

Quase nada

No princípio era doce e insensato...

Entrou daquela vez como se fosse a única.
Pensou que foto velha a tornava íntima.
Ouviu aquela voz como se fosse fúnebre.
Calou seu coração como se fosse tímida.

Arrancou o pensamento como se fosse sólido.
Ergueu sua cabeça com um sorriso pálido.
Sabia que o apego não seria o último.
Zombou da lucidez como se fosse péssimo.

Escreveu aquela frase com desejo árido.
Guardou aquele sonho como se fosse épico.
Tratou a solidão como se fosse lógica.
Amou e esperou como se fosse nada.



... até ficar agridoce e cenográfico.


Entrou daquela vez como se fosse pálido.
Pensou que foto velha o tornava sólido.
Ouviu aquela voz como se fosse péssimo.
Calou seu coração como se fosse árido.

Arrancou o pensamento como se fosse fúnebre.
Ergueu sua cabeça com um sorriso tímido.
Sabia que o apego não seria lógico.
Zombou da lucidez como se fosse épico.

Escreveu aquela frase com desejo único.
Guardou aquele sonho como se fosse o último.
Tratou a solidão como se fosse íntima.
Amou e esperou como se fosse nada.